Em um debate acalorado que ecoou nas redes sociais, o deputado federal Lindbergh Farias (PT) rebateu duramente a declaração do presidente do Banco Bradesco, Marcelo Noronha. Este último havia defendido a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmando que 'a lei não se discute, se cumpre'.
Lindbergh, líder do PT na Câmara, não permitiu que Noronha saísse impune. Em tom firme, lembrou da Constituição Federal e destacou a sobrança nacional. 'O Brasil não é uma colônia', disse o parlamentar, em referência ao artigo 1°, inciso I, que estabelece a soberania do país. Ele ainda criticou o que chamou de 'chantagem' contra as instituições brasileiras.
Para o deputado petista, a Lei Magnitsky é um instrumento que fere a autonomia das instituições brasileiras. No STF, ele protocolou uma ação cautelar para impedir que bancos no Brasil apliquem sanções impostas pelo governo dos EUA contra Moraes. A iniciativa visa preservar a decisão soberana do país em matéria de sanções.
Nessa disputa entre o poder financeiro e os limites da lei, Lindbergh Farias ergueu-se como defensor da independência nacional. Enquanto Noronha defendia a aplicação da lei sem questionamentos, o parlamentar insistiu que o Brasil tem voz própria - e está disposto a usá-la para proteger suas instituições.
Lindbergh Farias rebate presidente do Bradesco sobre Lei Magnitsky: 'O Brasil não é uma colônia'


A discussão sobre a Lei Magnitsky no Brasil reflete um dilema maior: como conciliar a soberania nacional com as pressões internacionais? Lindbergh Farias, com sua atitude assertiva, lembra que o país ainda tem os meios para defender suas instituições - mesmo que isso gere fricção com entidades do setor financeiro.
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