Em plena noite de Brasília, Lula reunia-se com ministros que parecem estar a uma distância segura da polícia. A reunião não estava nos planos, claro, pois o presidente jamais divulga essas coisas. Presentes estavam Waldez Góes, do PDT mas na cota do União Brasil, Celso Sabino e Frederico de Siqueira Filho, que parecem ter mais afinidade com os negócios daqui do que com a agenda política de um partido em crise.
Enquanto isso, o União Brasil, que já tem Ronaldo Caiado mirando a presidência de 2026, anda meio perdido. Se alia ao PP, mas mantém ministros no governo Lula. É como aquele casal que vive em apartamentos separados, fingindo ainda estar junto. A oficialização dessa federação está prevista para agosto, e com ela pode vir uma avalanche de saídas de ministros, desencadeando uma "dança das cadeiras" no governo.
André Fufuca, do PP, parece ser o único a ficar em segurança por enquanto. Enquanto isso, Davi Alcolumbre, presidente do Senado, agita-se para indicar nomes que preenchem as vagas que se abrirão. O União Brasil quer parecer independente, mas anda mais interessado em 2026 do que no presente. Analistas políticos apontam a falta de convicção ideológica desse partido, que está ali como oposição de aluguel.