Em um momento marcante na história recente da Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelensky assinou uma lei que restabelece a independência das principais agências anticorrupção do país. A decisão foi recebida com aplausos por líderes europeus e instituições internacionais, que vêm pressionando pela implementação de medidas contra a corrupção como pré-requisito para a adesão à União Europeia.
Essa nova legislação, aprovada por 331 deputados presentes, surge após semanas de intensas manifestações antigovernamentais que sacudiram o país. As protestos, os maiores desde a invasão russa de 2022, foram desencadeados quando o parlamento ucraniano aprovou um projeto que submetia as agências anticorrupção ao controle governamental.
Em um giro inesperado, Zelensky recuou e restabeleceu a independência das agências, chamando de 'decisão correta' o retorno à lei original. Ele destacou que a nova legislação garante a funcionamento independente das agências anticorrupção e estabelece vistorias periódicas com polígrafo para todos os servidores de segurança que tenham acesso a segredos de estado ou parentes na Rússia.
'A Ucrânia é uma democracia sem dúvida. O Estado deve ouvir sua população', declarou Zelensky em seu pronunciamento.
A União Europeia, por meio de seus líderes Ursula von der Leyen e António Costa, celebrou a medida como um 'passo bem-vindo' rumo à consolidação do estado de direito e das reformas anticorrupção essenciais para o país seguir adiante em seu processo de integração europeia.
Enquanto isso, os observadores alertam que a luta contra a corrupção é um caminho longo e cheio de desafios, especialmente em um país com histórico de ser um dos mais corruptos da Europa. A Ucrânia, no entanto, parece ter dado mais um passo na direção certa.