Emmanuel Macron anunciou, na quinta-feira (24 de julho), que a França reconhecerá o Estado da Palestina em setembro, durante a Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. A decisão do presidente francês visa contribuir para a paz no Oriente Médio, um objetivo nobre diante da crescente dor da população civil na Faixa de Gaza.
Hubert Védrine, ex-ministro das Relações Exteriores e conselheiro diplomático, apoia a decisão de Macron. Em entrevista ao Le Monde, ele rebate os críticos: "Em que seria útil não fazer nada?" Para Védrine, é Israel, atualmente liderado por Benjamin Netanyahu, que está se tornando cada vez mais isolado, e não a França, que deve reconsiderar sua posição.
Diante da situação abominável em Gaza e da falta de perspectivas, permanecer inativo se tornou algo desonroso. Não podemos mais nos limitar a lamentações diante da guerra como arma. O reconhecimento do Estado palestino terá uma dimensão moral significativa, mas também política.
Essa decisão não é apenas um gesto diplomático; é uma resposta à crescente pressão internacional e uma tentativa de romper o impasse no Oriente Médio. No entanto, a complexidade da região exige que sejam consideradas todas as consequências de tal reconhecimento.
Enquanto o mundo assiste, a França assume um papel proativo na busca por paz, mas o caminho será longo e cheio de desafios. Como diria um observador sagaz: "A diplomacia é uma arte delicada, onde cada palavra pode ecoar além das fronteiras."