Em um twists que parece saído de uma trama policial, o cantor MC Poze do Rodo virou réu acusado de tortura e extorsão contra seu ex-empresário. A notícia é chocante, mas também revela como a Justiça brasileira ainda tropeça em processos que envolvem celebridades e dinheiro.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-empresário sofreu intensas agressões físicas e psicológicas na própria casa de Poze do Rodo. O objetivo era forçar uma confissão sobre a suposta subtração de uma pulseira de ouro. As vítimas foram submetidas a socos, chutes, queimaduras com cigarros acesos e até golpes com uma arma feita de madeira e pregos.
Apesar do caráter gravoso das acusações, o juiz Guilherme Schilling Duarte negou o pedido de prisão preventiva dos réus. A decisão foi baseada na avaliação de que havia indícios suficientes para permitir a defesa ampla. Enquanto isso, Poze do Rodo continua em liberdade, e seu advogado já declarou que espera inocentiar o artista.
É curioso notar que este não é o primeiro problema legal envolvendo o cantor. Em maio deste ano, ele foi preso por apologia ao tráfico de drogas em suas músicas e suspeita de ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. Ficou em liberdade após cinco dias, graças à Justiça.
Esses fatos nos fazem refletir sobre o poder das celebridades no Brasil. Muitas vezes, artistas são colocados em um pedestal, onde até mesmo suas faltas mais graves são vistas com leniência. Enquanto isso, a Justiça parece dançar conforme o samba de cada réu famoso.