A face oculta da medicina: o médico que abusou de mulheres em situação delicada

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A Justiça de Minas Gerais fez justiça: condenou um médico especialista em mamas a 43 anos de prisão por abusar sexualmente de mulheres em situação delicada. Entre as vítimas, estavam mulheres diagnosticadas com câncer, que confiaram seu tratamento ao mesmo homem que violou sua integridade.


Em um julgamento marcado pela gravidade das acusações, a sentença não apenas condenou o médico, mas também reconheceu que ele se aproveitou da posição de autoridade e do elo de confiança estabelecido com as pacientes. O réu abusou de sua condição médica para cometer crimes em um ambiente hospitalar, onde acredita-se que a dor das vítimas fosse suprimida por profissionais competentes e éticos.


Para além da pena, o condenado foi obrigado a pagar indenizações variando entre R$ 100 mil e R$ 400 mil. A Justiça não apenas puniu o criminoso, mas também reforçou a necessidade de responsabilidade em um dos pilares mais confiáveis da sociedade: a medicina.


Ainda, foi expedido um ofício ao Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) para informar sobre a condenação. Isso serve como alerta: a impunidade não é tolerável, nem dentro das salas de hospital.


As vítimas, atendidas pela Casa Lilian – Centro Estadual de Apoio às Vítimas, tiveram seu sigilo e autonomia respeitados. Um exemplo de como o Estado pode, sim, oferecer proteção e dignidade a quem mais precisa.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

É triste constatar que alguém que deveria salvar vidas tenha usado sua posição para magoar as mesmas pessoas que buscavam ajuda. Que este julgamento sirva de exemplo para outros e que jamais vejamos um abuso da confiança das pacientes em espaços hospitalares.

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