A Microsoft estaria deliberadamente tornando os formatos de documentos proprietários complexos demais, a fim de manter usuários presos em seu próprio ecossistema. A acusação foi feita pela The Document Foundation, mantenedora do LibreOffice, em um texto publicado recentemente.
Italo Vignoli, membro fundador da instituição sem fins lucrativos, comparou a situação a um sistema ferroviário onde as vias estão disponíveis para todos, mas a fabricante de trens impõe um sistema de controle excessivamente complicado. Essa complexidade artificial torna difícil para outros desenvolvedores criarem softwares compatíveis, mantendo os usuários presos no ecossistema Microsoft.
O LibreOffice salva documentos no formato OpenDocument Format (ODF), como .ODT e .ODS, enquanto a Microsoft utiliza o Office Open XML (OOXML), representado por extensões como .DOCX e .XLSX. Ambos usam base em XML, mas a complexidade do OOXML é usada para manter os usuários dentro do ecossistema.
Vignoli argumenta que essa estratégia da Microsoft leva à fidelização forçada dos usuários, limitando他们的 escolha e permitindo aumentos abusivos de preços. Ele também comparou a situação às atualizações obrigatórias do Windows, onde os usuários são forçados a migrar para versões mais recentes sem justificativa técnica.
Para Vignoli, o poder desproporcional da Microsoft é mantido pela inércia de governos e instituições internacionais. Ele alerta que a complexidade aprisiona, enquanto a simplicidade liberta.