A Agência Nacional de Mineração (ANM) anunciou recentemente a criação da Divisão de Minerais Críticos e Estratégicos, uma medida que reflete o crescente interesse global por esses recursos preciosos. Enquanto os Estados Unidos olham para os minerais brasileiros com atenção, o Brasil se prepara para fortalecer sua atuação no setor mineral.
Essa divisão não é uma reação imediata à geopolítica internacional, mas sim um passo planejado para aprimorar a regulação e fomento da exploração de minerais como lítio, terras raras, nióbio e grafita. Afinal, o Brasil já é líder na produção de nióbio e ocupa posição destacada na produção de terras raras, com 23% do total mundial.
Para o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), essa iniciativa é crucial num momento em que a transição energética está no centro das atenções globais. "A criação dessa divisão é positiva e reflete a importância crescente dos minerais estratégicos", destacou a entidade.
Além disso, o Ministério de Minas e Energia (MME) está finalizando uma Política Nacional de Minerais Críticos, que visa atrair investimentos internacionais, fortalecer o mapeamento geológico e incentivar a pesquisa e inovação no setor. Com tamanho potencial, o Brasil pode se consolidar ainda mais como player chave na economia global.
No entanto, é essencial que essa exploração seja feita de forma responsável e sustentável, respeitando a legislação e considerando os impactos ambientais e sociais. Como disse um velho sábio: "O ouro tem seu preço, mas a terra é mais valiosa".