Em meio a uma tensão política que transcende os limites do Brasil, o subsecretário estadunidense Darren Beattie acusa o ministro Alexandre de Moraes de liderar um complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro. A declaração foi feita em resposta a uma medida anunciada por Marco Rubio, que suspendeu os vistos de Moraes, seus aliados no STF e familiares próximos.
Beattie não poupou críticas ao juiz do STF: "Moraes é o coração pulsante desse esquema que atinge não só Bolsonaro, mas a liberdade de expressão em si. Os Estados Unidos estão vigilantes e tomando providências". A postagem no X (antigo Twitter) foi acompañada de um tom de ameaça, lembrando as consequências impostas pelo governo Trump.
É inegável que o relacionamento entre Brasil e EUA está passando por uma fase delicada, marcada por acusações recíprocas. Enquanto Moraes é pintado como o 'inquisidor' da Suprema Corte, Bolsonaro surge como vítima de um sistema judicial que, segundo os críticos, fecha fileiras contra o ex-presidente.
Essa disputa não é apenas entre dois países ou governantes. Ela reflete uma guerra maior: a luta pelo poder, pela imagem e, acima de tudo, pelo controle da narrativa. Em um mundo polarizado, cada palavra, cada decisão judicial e cada medida diplomática se torna uma arma na batalha por hegemonia ideológica.
Afinal, em tempos de fake news e divisão política, quem controla a narrativa controla o jogo. E parece que ambos os lados entendem bem isso.