A Netflix, parece que nunca aprendeu a lição de "Amber" e "Firefly", entre outras tantas produções que caíram no gosto dos espectadores por um curto período.
FUBAR, estrelado pelo lendário Arnold Schwarzenegger, foi cancelado após sua segunda temporada decepcionar os números de visualização. A queda foi impressionante: da primeira para a segunda temporada, a popularidade do show caiu 82%, um declínio que dificilmente algum produtor ou executivo conseguiria justificar com uma boa cara.
Para quem não sabe, FUBAR acompanhava Luke Brunner, um agente da CIA prestes à aposentadoria, e sua filha Tally, também operária da agência. Os dois se descobriam mutuamente em meio a operações perigosas, criando uma dinâmica tensa e cheia de drama familiar. A primeira temporada foi um sucesso, mas a segunda, infelizmente, não conseguiu manter o ímpeto.
Os números não mentem: 14,4 milhões de horas assistidas na semana inaugural da segunda temporada, comparando-se aos impressionantes 88,94 milhões de horas da primeira temporada. Esse tipo de queda é quase sempre fatal para uma série no catálogo da Netflix, que compete ferozmente por atenção.
Destaque para a atuação de Schwarzenegger, que voltou à televisão após anos, tentando reviver o espírito das suas melhores películas. No entanto, parece que o público brasileiro e mundial não se identificou com a mistura de comédia e ação proposta pelo show.
Apesar do cancelamento, é impossível negar que FUBAR teve seu momento. A dinâmica pai-d Filha, os conflitos internos na CIA e as missões arriscadas renderam algumas cenas memoráveis, especialmente com a participação de personagens como Emma Brunner (Monica Barbaro) e os irmãos Carter e Donnie.
Resta agora aos fãs lamentar a perda de um show que teve seu tempo no sol, mas não conseguiu se manter aceso. E à Netflix, refletir sobre o que poderia ter sido feito diferente para salvar uma produção com tantas promessas.