Ninja Gaiden: Ragebound chega com um giro de 180 graus em relação aos clássicos dos quais se inspira. Enquanto os jogos da era NES eram sinônimos de frustração e raiva,
Em um mundo onde a nostalgia por títulos retrôs é grande, Ragebound entrega o que promete: uma experiência de plataformação 2D cheia de charme, mas sem os defeitos irritantes dos jogos clássicos. O jogo mantém a essência das lembranças nostálgicas, mas adiciona camadas de profundidade e design inteligente que fazem toda a diferença.
Os controles são fluidos e intuitivos, com movimentos como esquivas, pulos e escaladas que se integram perfeitamente ao ambiente. O personagem Kenji e sua parceira Kumori oferecem um arsenal variado, mas nunca excessivo, permitindo que o jogador se concentre em explorar os padrões de luta e evitação.
Apesar disso, o jogo não é sem desafios. As fases são bem projetadas, introduzindo novos elementos gradativamente, e os chefes finais exigem precisão e reflexo. O que diferencia Ragebound é que a dificuldade parece justa, evitando o tédio de morrer repetidamente sem um objetivo claro.
A mecânica de ataque carregada é um ponto alto, adicionando uma camada de estratégia que incentiva o jogador a observar e adaptar. Cada hit e morte serve como lição para melhorias no próximo tentativo, mantendo o processo de aprendizado constante.
Enquanto a história poderia explorar mais a dinâmica entre os personagens principais, Kenji e Kumori, o jogo compensa com uma jogabilidade que é pura delicia. As fases variadas, desde florestas até laboratórios subterrâneos, mantêm o interesse e evitam a rotina.
Para os amantes de nostalgia com gosto por desafios, Ninja Gaiden: Ragebound é um presente. Ele prova que é possível homenagear os clássicos sem cair nos mesmos erros. Em vez de simplesmente imitar, o jogo constrói sobre a fundação dos títulos retrôs, criando algo novo e excitante.
