Trump ergue o muro tarifário: amigos e inimigos pagam
Em um movimento que redefine a ordem econômica global, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs tarifas recíprocas de até 50% sobre produtos importados de países com déficit comercial com os EUA. A medida, apadrinhada por uma lei de 1977, transformou o comércio internacional em um jogo de xadrez onde Trump é o único que define as regras.
Os vencedores
Apenas alguns países conseguiram negociar melhores condições, como o Reino Unido, que pagará 10% em tarifas, bem menor do que os ameaçados 35%. A Coreia do Sul e o Japão também aceitaram taxas mais altas, mas escaparam de penalidades maiores. Para Trump, a vitória é pessoal: ele conseguiu moldar um sistema onde a economia dos EUA é a principal arma.
Os perdedores
Países pequenos como Laos e Argélia foram duramente castigados com tarifas de 40% e 30%, respectivamente. Na América Latina, o Brasil enfrenta uma taxa de 50% motivada por questões políticas com o presidente Jair Bolsonaro. Até os aliados históricos como Canadá e Suíça não escaparam: tarifas de 35% e 39%, respectivamente.
O impacto doméstico
Enquanto Trump celebra, o consumidor americano sofre. Grandes empresas como Walmart e Procter & Gamble já anunciaram aumentos de preços. Estudos indicam que as tarifas representarão um custo adicional de US$ 2.400 para cada família média.
Questões legais
A legalidade das tarifas está sendo questionada em tribunais, com empresas e estados tentando reverter a decisão. Se vencerem, países como o Brasil podem se tornar vencedores indiretos.