Em pouco menos de duas semanas, a Paramount Global completará sua fusão com a Skydance Media para formar 'Paramount Skydance Corp.', encerrando um longo e turbulento processo de mescla. A FCC aprovou o acordo na quinta-feira passada, removendo o último obstáculo regulatório.
A fusão, avaliada em $8 bilhões, está prevista para fechar no dia 7 de agosto, com as ações da nova empresa começando a ser negociadas na Nasdaq com o ticker 'PSKY'. Enquanto isso, as ações da Paramount (PARA e PARAA) deixarão de ser listadas após a conclusão do negócio.
Apresentado em 7 de julho de 2024, o acordo une negócios como CBS, Paramount+, Comedy Central e BET à divisão de filmes, animações e games da Skydance. No entanto, não foram apenas números e fusões que dominaram as discussões: a diversidade, equidade e inclusão (DEI) virou um boneco de picolé na negociação.
Para atender às exigências do presidente Trump e de seu aliado no FCC, Brendan Carr, a Skydance comprometeu-se a manter os programas DEI 'mortos' na nova empresa. Além disso, concordou em nomear um ombudsman na CBS para apurar queixas de 'biases' em conteúdo jornalístico. A única comissária democrata do FCC, Anna Gomez, alertou que essas condições violam a Primeira Emenda.
Enquanto isso, a Paramount pagou $16 milhões para resolver uma ação judicial de Trump relacionada à CBS News. O acordo foi separado da disputa multimilionária que buscou $20 bilhões em danos.
A fusão promete levar cortes significativos, com expectativa de economia anual de $2 bilhões. Isso vem após a Paramount já ter realizado um corte de 15% no ano passado e mais 3,5% recentemente. O CEO da Skydance Media, David Ellison, assumirá o comando da nova empresa, enquanto Shari Redstone, que controlava a Paramount há décadas, sairá do conselho.
Enquanto os executivos celebram um novo 'chapéu', é difícil não notar que o circo continua: montamos, ríamos e aplaudimos, mas no final, quem ri último são os que controlam as cordas.
O final do 'filme' de fusões: Paramount e Skydance se juntam em um mergulho no futuro


É sempre fascinante assistir à dança dos números na indústria do entretenimento. Enquanto executivos celebram 'novos capítulos' e 'erais', o que realmente importa é quem fica no palco quando a música para.
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