Em uma jogada que promete mexer com os bastidores da política brasileira, a Polícia Federal deflagrou uma operação batizada de Route 156 para investigar desvios no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) do Amapá. Na mira dos agentes está Breno Chaves Pinto, o 2º suplente do senador Davi Alcolumbre, que também é empresário ligado à LB Construções.
A ação, realizada nesta terça-feira (22/7), conta com a parceria da Controladoria-Geral da União e cumpre 11 mandados de busca. O foco é desvendar um esquema criminoso envolvendo licitações fraudulentas na BR-156, rodovia que liga o Amapá ao Pará. As investigações apontam para a existência de uma organização criminosa no DNIT/AP que teria fraudado pelo menos quatro pregões eletrônicos.
Com um volume total de licitações suspeitas estimado em R$ 60 milhões, a operação revela como o suplente de Alcolumbre e seu entorno teriam atuado para desviar recursos públicos. As empresas envolvidas são acusadas de simular concorrências com propostas falsas e cláusulas que limitavam a participação de outros interessados.
Em nota, a assessoria de Alcolumbre tentou distanciar o senador da operação, garantindo que ele não tem vínculo com as empresas citadas. O Dnit, por sua vez, reafirmou seu compromisso com a legalidade e repudiou qualquer prática fraudulenta.
Enquanto isso, os olhos estão voltados para o Senado Federal. Com Alcolumbre à frente do cargo, é inevitável questionar até que ponto as ligações pessoais afetam a imparcialidade das investigações. Afinal, no Brasil, a política e o dinheiro público sempre andaram de mãos dadas...