A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (30) uma operação que investiga a compra de votos nas eleições municipais de 2024 em Roraima. O alvo principal da operação, batizada de 'Caixa Preta', é o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, além de outros seis envolvidos, incluindo a deputada federal Helena da Asatur e seu marido Renildo Lima.
Os agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na residência de Xaud e na sede da CBF no Rio de Janeiro. A Justiça bloqueou R$ 10 milhões nas contas dos investigados, destacando a gravidade das acusações.
Samir Xaud, um médico de 41 anos oriundo de Boa Vista, assumiu recentemente a presidência da CBF, tornando-se o mais jovem a ocupar o cargo. No entanto, sua trajetória não é免de polêmicas: ele já enfrentou acusações de 'fake news' e está respondendo a um processo por suposto esquema de falsificação de documentos enquanto era diretor-geral do Hospital Geral de Roraima.
Helena da Asatur, por sua vez, é uma das principais empresárias de transportes em Roraima e atualmente ocupa o cargo de deputada federal. Seu marido, Renildo Lima, é outro empresário de destaque no mesmo setor e foi preso recentemente com R$ 500 mil escondidos na cueca, durante operações anteriores.
A operação 'Caixa Preta' revela uma rede complexa de influência política e econômica em Roraima, ligando figuras públicas e empresários em torno de práticas ilegais. Enquanto isso, a CBF mantém sua posição de que o presidente não está no centro das investigações, reforçando a necessidade de transparência na entidade.