O Partido dos Trabalhadores (PT) está fazendo uma jogada interessante ao pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que afaste o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) do cargo. Em um movimento que parece ajudar, mas na verdade pode ser uma estratégia para desviar a atenção, o PT argumenta que está protegendo a Câmara dos Deputados.
Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, disse que se o STF acatar o pedido de afastamento cautelar, a cúpula da Casa não precisará decidir sobre Eduardo Bolsonaro por enquanto. Isso pode ser visto como uma esquiva à responsabilidade, já que os processos contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro estão parados no Conselho de Ética.
Eduardo, que voltou ao Brasil recentemente após 120 dias nos Estados Unidos, está novamente causando polêmica. Sua atuação nas redes sociais, com ataques constantes, pode prejudicar a imagem da Câmara. Aliados do PL já estudam como mantê-lo no Legislativo sem que ele precise voltar ao Brasil, como ocupar cargos de secretário estadual.
O PT acusa Eduardo de tentar burlar os controles legais e fraudar a jurisdição penal. Ele é investigado por crimes contra a soberania nacional após articular sanções ao Brasil nos EUA. O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, foi aconselhado a tomar uma decisão cautelar para impedir que Eduardo ocupe funções públicas mientras está no exterior.
Enquanto isso, a Câmara respira aliviada. O PT pode estar ajudando, mas também pode estar jogando sujo. Afinal, quem está defendendo a democracia aqui?