Em meio a um cenário econômico desafiador, o governo federal divulga projeções que indicam um déficit de R$ 26,3 bilhões para o ano de 2025. Essa预visão faz parte do Relatório de Receitas e Despesas Primárias do 3º Bimestre, divulgado recentemente pelo Ministério da Fazenda e Ministério do Planejamento.
Os números detalhados
- Aumento de R$ 27,1 bilhões nas receitas líquidas em comparação ao segundo bimestre de 2025;
- Incremento de R$ 17,2 bilhões nas despesas obrigatórias;
- O déficit primário do governo central, após compensação de bloqueios, é estimado em R$ 26,3 bilhões.
Os gastos estão pressionados por dois fatores principais:
- Aumento de R$ 2,9 bilhões no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
- Crescimento de R$ 3,2 bilhões em créditos extraordinários.
No lado das receitas, destaque para o Imposto sobre a Renda, que registrou um incremento de arrecadação de R$ 12,2 bilhões. Além disso, as projeções de receitas primárias do governo federal subiram R$ 25,4 bilhões em relação à estimativa anterior.
Apesar desse aumento, a projeção para a arrecadação com dividendos e participações caiu R$ 1,5 bilhão, totalizando R$ 41,8 bilhões. A Selic media prevista para 2025 passou de 14,28% para 14,25%, enquanto a taxa de câmbio média foi ajustada de R$ 5,81 para R$ 5,70. O preço do barril de petróleo também teve ajuste, saindo de US$ 65,09 para US$ 68,38.
A administração pública contou com um aumento de R$ 17,9 bilhões nas receitas de Exploração de Recursos Naturais. Para este ano, a meta fiscal é de déficit zero, buscando equilíbrio nas contas públicas.
As projeções para os anos subsequentes são otimistas:
- 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões);
- 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões);
- 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões).
A pergunta que não quer calar é: como chegar lá?