A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um alerta recente que merece ser tratado com extrema gravidade. Um lote de botox falsificado, identificado pelo número C3709C3, foi apreendido em todo o Brasil. A notícia, divulgada no Diário Oficial da União, traz um recado claro: a saúde pública não tolera produtos irregulares.
Em entrevista exclusiva ao portal LeoDias, a dermatologista Priscila Câmara de Camargo explica os riscos associados ao uso de substâncias injetáveis sem procedência. A toxina botulínica tipo A, conhecida como botox, é amplamente utilizada em procedimentos estéticos e terapêuticos, mas sua manipulação inadequada pode levar a consequências graves.
A especialista enumera os perigos: reações alérgicas, infecções locais, necrose dos tecidos, paralisias indesejadas e até mesmo danos neurológicos. "Estamos falando de uma neurotoxina que, se mal manipulada ou aplicada de forma incorreta, pode causar danos irreversíveis", afirma.
Para os interessados em procedimentos estéticos, o conselho é claro: busquem profissionais habilitados e clínicas legalizadas. "É direito do paciente conhecer a marca, ver o frasco original e ter acesso ao número do lote", lembra Priscila.
Este caso de falsificação reforça a necessidade de um controle rigoroso sobre produtos injetáveis e a importância da fiscalização contínua. "Desconfie de preços muito abaixo do mercado e exija comprovação da origem do produto. Em estética e saúde, o barato pode sair muito caro", conclui a dermatologista.