Ryanair reduz atividades na França em meio a taxas de avião mais altas

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Em meio a uma guerra contra o aumento das taxas de avião, a companhia aérea low-cost Ryanair anunciou que reduzirá suas operações na França. A empresa irlandesa informou que seu programa de inverno, que vigorará de novembro a março, resultará em uma diminuição de 13% da sua capacidade no país, o que levará à eliminação de 750.000 assentos.


A companhia também anunciou que cancelará 25 destinos e fechará suas operações nos aeroportos de Bergerac (Dordogne), Brive (Corrèze) e Strasbourg. Essas medidas foram tomadas como resposta ao aumento da Taxe sur les Billets d'Avion (TSBA) em março, que, segundo a Ryanair, é incompatível com as margens muito baixas do setor aéreo.


Jason McGuinness, diretor comercial da companhia, relatou ao Le Monde que as margens das empresas aéreas haviam aumentado apenas entre 2% e 3% desde 2019, antes do início da pandemia de COVID-19. Thomas Juin, presidente da União dos Aeroportos Franceses (UAF), destacou que, em média, as companhias aéreas obtêm uma margem de apenas 6 euros por passageiro, enquanto a TSBA agora corresponde a 7 euros por bilhete.


Essas mudanças refletiram o impacto da nova taxa no setor, que já luta com margens apertadas e custos elevados. A redução de operações pode afetar não apenas os passageiros, mas também os trabalhadores nos aeroportos e as economias locais.

João Silva

João Silva

Enquanto outros negócios prosperam, o setor aéreo parece caminhar para um beco sem saída. É impressionante como uma simples taxa pode desestimular tantas operações. Será que os passageiros estarão preparados para pagar ainda mais caro por suas viagens? Ou será que as empresas encontrarão um jeito de driblar essa nova realidade fiscal?

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