Em meio a um cenário que parecia controlado, o sarampo volta a assombrar o Brasil. Nesta sexta-feira (25/7), o Ministério da Saúde confirmou nove casos da doença no município de Campos Lindos, no Tocantins. A cidade, localizada a 500 quilômetros da capital Palmas, está na mira das autoridades sanitárias, que já atuam desde o início da semana para conter a disseminação.
Os casos foram confirmados após exames laboratoriais estaduais e revalidação pela Fundação Oswaldo Cruz. Curiosamente, parte dos infectados relatou viagem recente à Bolívia, país que está enfrentando um surto da doença. Isso não é novidade: o sarampo já havia voltado a assombrar regiões como Estados Unidos e México, com 1.227 casos nos EUA e 2.597 no México em 2025.
No Brasil, os números ainda são menores, mas preocupadores. Com as confirmações no Tocantins, o país soma 14 ocorrências este ano. Outros casos foram registrados no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Apesar disso, o Ministério da Saúde tranquiliza: os casos são considerados importados e não indicam transmissão sustentada.
Para evitar que a doença ganhe força no país, as autoridades reforçam a importância da vacinação. A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, está disponível gratuitamente no SUS para crianças e adultos até 59 anos. O calendário prevê duas doses: aos 12 e 15 meses de idade. Para quem está entre 30 e 59 anos, recomenda-se pelo menos uma aplicação, caso não haja comprovação de imunização anterior.
É importante lembrar que o sarampo é uma doença altamente contagiosa e potencialmente fatal, especialmente para crianças pequenas. O diagnóstico precoce e o isolamento dos pacientes são fundamentais para evitar complicações.