A idade traz consigo mudanças físicas inevitáveis, como a perda de massa muscular (sarcopenia) e o acúmulo de gordura corporal. Quando essas duas condições se unem, surge um problema cada vez mais comum: a sarcobesidade ou obesidade sarcopênica.
Uma combinação perigosa, que une os riscos da obesidade (diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares) aos problemas associados à perda muscular (queda de ossos, fraqueza e maior probabilidade de acidentes). Essa condição afeta principalmente a população idosa e tem se tornado uma preocupação crescente na área da saúde.
Segundo estudo publicado na revista Ageing Research Reviews, a falta de critérios diagnósticos padronizados e o tratamento complexo são desafios atuais. Para combater a sarcobesidade, especialistas apontam três estratégias promissoras: suplementação de taurina, modulação da microbiota intestinal e prática regular de exercícios físicos.
A taurina, um aminoácido presente em alimentos como carne, peixe e laticínios, diminui com a idade. Sua suplementação pode ajudar no combate à perda muscular e reduzir inflamação, mas mais estudos são necessários para confirmar seus benefícios.
A microbiota intestinal também desempenha um papel crucial. Alterações no equilíbrio bacteriano podem levar a inflamação crônica e comprometer a síntese de proteínas musculares. Uma dieta rica em fibras, prebióticos e probióticos pode ser uma solução.
Por fim, a atividade física, especialmente treinamento de força e exercícios aeróbicos, é fundamental para manter a massa muscular e reduzir gordura corporal. Apesar das dificuldades em aderir à prática, o benefício para a saúde é significativo.
Enfrentar a sarcobesidade requer uma abordagem integrada, que combina nutrição, exercício e tratamento personalizado. Compreender essa condição é um passo importante para garantir um envelhecimento mais saudável.