O silêncio do investidor saudita na fusão bilionária entre BRF e Marfrig

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A Saudi Salic, subsidiária da Saudi Agricultural and Livestock Investment Company, declarou ao Cade que é uma acionista minoritária passiva das empresas BRF e Minerva. Essa posição foi esclarecida após o Cade solicitar informações sobre a proposta de fusão entre BRF e Marfrig, uma das maiores empresas do setor de carnes no Brasil.

Com 11,03% da BRF e 24,49% da Minerva, a Salic afirmou que não possui direitos políticos que lhe permitam interferir nos negócios dessas empresas. A fusão entre BRF e Marfrig foi aprovada pelos acionistas minoritários de ambas as empresas em uma assembleia realizada na terça-feira.

Apesar disso, a Minerva manifestou preocupações sobre o impacto da fusão, argumentando que a Salic ganharia influência indevida no mercado brasileiro de carnes. O Cade concordou com a necessidade de uma análise mais detalhada do negócio, adiando a decisão final para 11 de agosto.

A operação, se concluída, criará uma gigante processadora global de alimentos, com presença em Américas, Oriente Médio e Ásia. Enquanto isso, o investidor saudita mantém-se afastado das discussões, deixando dúvidas sobre seu real interesse no mercado brasileiro.

Camila Fernandes

Camila Fernandes

Interessante como a silêncio do investidor saudita pode dizer mais que mil palavras. Em um país onde o monopólio é comum, ver uma fusão bilionária ser questionada pelo Cade é quase revolucionário. Será que o mercado de carnes brasileiro está maduro o suficiente para lidar com esse tipo de megatransação?

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