A estreia da 27ª temporada de South Park, que retrata o presidente Donald Trump implorando por sexo com o demônio e inclui uma mensagem de prevenção assistida por deepfake onde Trump aparece nu, não passou despercebida pela Casa Branca. Em resposta, a porta-voz da presidência, Taylor Rogers, acusou os criadores do desenho animado de hipocrisia, lembrando que anos atrás, críticos da esquerda culpavam o show por conteúdo ofensivo. Agora, no entanto, parece que South Park está sendo elogiado por esses mesmos críticos.
'O South Park não é relevante há mais de 20 anos e aguenta-se à beira do colapso com ideias sem inspiração, tentando desesperadamente chamar a atenção', disse Rogers em um comunicado. 'Enquanto isso, o presidente Trump cumpriu mais promessas em apenas seis meses do que qualquer outro presidente na história dos Estados Unidos - e nenhum show de quarta categoria pode frear o ritmo vitorioso do presidente Trump.'
No episódio, a cidade de South Park organiza uma manifestação contra Trump. No ápice da confusão, Jesus Cristo desce do céu para apoiar a causa - mas na verdade está ali para adverti-los. Ele alerta que South Park pode ser 'cancelado' se não pararem a protesto, citando o recente acordo de indemnização com 60 Minutes como prova do que acontece quando alguém se enfrenta com Trump.
Outra cena icônica mostra Trump se despirindo em seu quarto do Ala Oeste e tentando flertar com Satanás, que o recusa. 'Vamos lá, Satã, eu trabalhei duro hoje', diz Trump, antes de revelar um pênis animado e engraçadamente pequeno. A mensagem final da deepfake no episódio retrata Trump andando nu no deserto, com a frase: 'Trump. Seu pênis é minúsculo, mas seu amor por nós é grande'.
A estreia ocorreu pouco depois que Trey Parker e Matt Stone renovaram contrato com a Paramount por cinco anos, incluindo 50 episódios novos e a disponibilização de todas as temporadas no Paramount+ pela primeira vez. Apesar de sempre polêmica, esta temporada de estreia parece ter sido um golpe baixo demais para a administração Trump.
