Em uma decisão polêmica e controversa, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou na noite da última sexta-feira (25/7) que a força policial fosse utilizada para retirar deputados bolsonaristas acampados na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A ordem foi dada após o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), ser intimado pessoalmente para negociar a retirada dos parlamentares.
Moraes não apenas autorizou a prisão dos deputados caso resistissem à ordem, como também proibiu novos acampamentos não só na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, mas também em um raio de 1 km ao redor dos quartéis das Forças Armadas. A medida foi justificada pelo ministro com o objetivo de 'garantir a segurança pública' e evitar 'eventos criminosos' como os que ocorreram em janeiro de 2023.
Enquanto isso, os deputados Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chisóstomo (PL-RO), que protestavam contra as medidas do STF impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, manifestaram sua indignação. Lopes chegou a colocar um esparadrapo na boca, simbolizando a ameaça à liberdade de expressão no país. Em suas redes sociais, ele declarou: 'Não estou aqui para provocar. Estou aqui para demonstrar a minha indignação com essas covardias. Não estou incentivando ninguém a fazer o mesmo.'
A decisão de Moraes também incluiu a proibição do acesso e permanência dos deputados federais do PL, além de qualquer outro indivíduo que participasse de 'práticas criminosas' na frente do STF. Ainda que tentassem转移 para outro local, os parlamentares foram alertados sobre a nova proibição de acampamentos no raio de 1 km.
Essa atuação do STF levanta questionamentos sobre o equilíbrio entre segurança pública e liberdade de expressão. Em um país que se autoproclama democrático, é essencial refletir sobre qual linha devemos seguir: a da supressão ou a da proteção dos princípios básicos?