Enquanto o mundo assiste atônito à ressurgência do sarampo, uma doença que já se julgava superada, o México vive um surto alarmante. Entre os dias 21 e 25 de julho de 2025, o país registrou um aumento significativo no número de casos confirmados da doença, passando de 3.553 para 3.730 infectados, com impressionantes 197 novos casos em apenas quatro dias, conforme dados do Ministério da Saúde local.
Uma crise que se intensifica
Para piorar, o surto já ceifou a vida de 12 pessoas, com 11 óbitos ocorrendo no estado de Chihuahua, que compartilha fronteira com o Texas, Estados Unidos. Este estado é considerado o epicentro da atual explosão do sarampo na América do Norte. Outro óbito foi registrado no estado vizinho de Sonora.
Os mais vulneráveis
As crianças entre zero e quatro anos são os maiores afetados, com 838 casos registrados, correspondendo a uma incidência de 8,05 casos por 100.000 crianças. Além disso, adultos jovens, entre 25 e 34 anos, também estão sendo significativamente impactados, contabilizando 512 e 419 casos, respectivamente.
Uma estratégia de contenção
Diante da gravidade da situação, o governo do Chihuahua ativou a chamada 'Stratégia do Escudo Juarez'. Essa iniciativa inclui uma campanha nacional de vacinação gratuita para todas as pessoas entre seis meses e 49 anos de idade. Em apenas uma semana, mais de 42.000 indivíduos foram imunizados.
A luta contra o tempo
Enquanto isso, o Ministério da Saúde lançou um Plano Rápido para Interrupção do Surto de Sarampo. O plano visa fortalecer a vigilância epidemiológica, diagnosticar casos mais rapidamente e estabelecer controles em clínicas e comunidades para interromper a cadeia de transmissão.
Uma doença que não dá trégua
O sarampo é uma das doenças infecciosas mais contagiosas do mundo, com capacidade de infectar até nove em cada dez contatoiros não vacinados. Sua incubação dura entre 10 e 14 dias, e a doença pode levar a complicações sérias, como cegueira, encefalite e pneumonia, especialmente em crianças pequenas, adultos idosos e pessoas com sistemas imunológicos fracos.
A queda nas taxas de vacinação
Embora a vacinação seja a melhor forma de prevenção, declinas na taxa de vacinação em muitos países, incluindo os Estados Unidos e o Canadá, têm contribuído para o ressurgimento do sarampo. Em 2023, a OMS registrou 10,3 milhões de casos globais, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.