Em um momento de tensão global, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que mais de 10 mil empresas brasileiras estão em risco de serem afetadas pelo chamado "tarifaço" imposto unilateralmente pelos Estados Unidos. Com vigência prevista para o dia 1º de agosto, a medida americana impõe um aumento de 50% nas tarifas sobre produtos importados do Brasil.
Haddad destacou que o governo brasileiro mantém a disposição de negociar, mas ressaltou que "se a nossa contraparte [os EUA] não quer se sentar à mesa, é outro problema". A fala do ministro ocorre num momento em que as relações comerciais entre os dois países estão cada vez mais tensas.
Ele também criticou aqueles que usam a situação para "sabotar a economia brasileira em troca de bônus eleitorais". Segundo Haddad, a população está vigilante e ciente dos riscos de uma ação que pode prejudicar setores estratégicos da economia.
Enquanto isso, especialistas alertam que o impacto do tarifaço pode ser sentindo não apenas nas empresas, mas também na cadeia produtiva e no emprego. O Brasil, que já luta contra desafios internos como inflação e desequilíbrios fiscais, agora enfrenta uma nova ameaça externa.