Tarifa de 100%: o risco da guerra comercial entre EUA, Rússia e Brasil

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Em um movimento que mistura ameaças e aliamentos estratégicos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a jogar com as tensões comerciais internacionais. Em evento na Casa Branca, ele sinalizou a possibilidade de impor tarifas de até 100% a países que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente no setor de petróleo, combustíveis e fertilizantes. Ainda que não tenha mencionado o Brasil diretamente, Trump deixou claro que Moscou está na mira, e o impacto dessa decisão pode ser sentido bem aqui no Brasil.


Como um tabuleiro de xadrez geopolítico, a Rússia e a Ucrânia são as peças centrais desse conflito. Enquanto Trump aponta sua lança na direção de quem compra energia russa, o Brasil figura entre os maiores compradores de diesel e fertilizantes da Rússia. Dados recentes da StoneX indicam que 39,1% do diesel importado pelo país em 2024 veio da Rússia, superando sequer os EUA, que respondem por 32,8%. Esse cenário não é só econômico; ele mexe com a segurança alimentar de um dos maiores produtores agrícolas do mundo.


Em meio a essas ameaças, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, parece ter mantido sua postura firme. "Não vou ligar para o Trump para negociar nada (sobre o tarifaço)", declarou Lula recentemente. Enquanto isso, os setores afetados pelo possível aumento de tarifas já alertam para os riscos. O agronegócio brasileiro, por exemplo, está高度dependente dos fertilizantes russos, com mais de 90% dos insumos importados atualmente.


É interessante notar como a geopolítica se transformou em uma dança de titãs. Enquanto Trump brande suas tarifas como armas, Lula parece estar caminhando na corda bamba, tentando equilibrar relações comerciais sem ceder às pressões. E o Brasil, nesse jogo, está bem no centro do furacão.

Camila Fernandes

Camila Fernandes

Enquanto os Estados Unidos jogam com as tarifas como se fossem peças de um tabuleiro gigante, o Brasil tenta manter a compostura diante das ameaças. No final, quem pagará o preço será sempre o consumidor brasileiro. Só nos resta torcer para que nossos líderes saibam dançar nesse ritmo acelerado.

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