Crise no setor moveleiro: Tarifas de Trump ameaçam indústria de SC

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A guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos está jogando um balde de água fria no setor moveleiro de Santa Catarina. Com a tarifaço anunciado por Donald Trump, as empresas do estado, que já enfrentavam desafios, agora precisam lidar com o impacto imediato das novas taxas de 50% sobre produtos brasileiros.


Paradas e férias coletivas

Cerca de 40% das empresas de São Bento do Sul e Campo Alegre já paralisaram a produção. O Grupo Ipumirim, uma das maiores empresas da região, anunciou que 550 funcionários irão pegar férias coletivas para reduzir custos enquanto os governos tentam resolver o impasse.


Impacto na economia local

SC é responsável por 84 milhões de dólares em exportações de móveis no ano passado, com 55% destinados ao mercado americano. A região de São Bento do Sul, sozinha, responde por 50% desse total. Com a tarifaço, as empresas estão diante de um dilema: ou reduzem custos drasticamente, ou enfrentam demissões em massa.


Reação dos sindicatos

Luiz Carlos Pimentel, presidente do Sindusmobil, alerta que o mercado americano é muito sensível a reajustes de preços. "É sempre difícil repassar um reajuste para um americano", disse ele. Já Ricardo Rozene Rossini, da Sindimade, afirma que se não houver uma reversão nas taxas, o setor pode sofrer demissões nunca vistas.


Esperança em negociações

Mario Cezar de Aguiar, presidente da Fiesc, afirma que o setor madeireiro é um dos pilares da economia catarinense. "Estamos trabalhando para que haja uma prorrogação desse prazo e mais tempo para negociação", explica.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

É impressionante como as relações internacionais podem afetar diretamente o emprego local. Torcemos para que os governos cheguem a um acordo que evite um cenário ainda pior.

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