O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, em caráter definitivo, não levar adiante uma investigação que apurava possíveis irregularidades nas despesas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante sua viagem aos Estados Unidos. O parlamentar, que já se encontra no país desde fevereiro de 2023, teve o pedido de investigação feito pelo deputado Guilherme Boulos (PSol-SP), que apontou indícios de uso indevido de recursos públicos para promover ações contrárias à soberania nacional.
Em sua decisão, o TCU considerou os gastos envolvidos como de 'baixa materialidade', o que não justificaria qualquer punição. No entanto, caberá agora à Câmara dos Deputados apurar eventuais irregularidades cometidas por Eduardo Bolsonaro.
Curiosamente, a decisão do TCU saiu no mesmo dia em que os Estados Unidos aplicaram a Lei Magnitsky para impor sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, alvo de duras críticas por parte dos bolsonaristas. Eduardo Bolsonaro, que já vinha articulando punições a autoridades brasileiras junto a políticos norte-americanos, celebrou公开amente a medida, chegando a postar uma mensagem nas redes sociais onde defendia anistiados envolvidos nos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro.
Em meio a toda essa polêmica, o deputado federal não poupou elogios à atuação dos Estados Unidos, chegando a finalizar sua mensagem com 'Deus abençoe a América', frase emblemática usada tradicionalmente por cidadãos norte-americanos. Na prática, as sanções impõem restrições econômicas, como o congelamento de bens e contas bancárias ligados a Moraes em solo americano, além de proibir transações comerciais com empresas dos EUA.
Enquanto isso, o Brasil assiste pasmado à dança macabra entre políticos que, em nome da 'soberania nacional', usam recursos públicos para promover agendas contrárias aos interesses do próprio povo. E assim segue a farça democratica.