Em tempos de política comercial tensa, Donald Trump volta a surpreender. Se o TACO (Trump Always Chicken Out) já era uma piada na imprensa internacional, a recente oscilação nas decisões sobre a China transformou essa brincadeira em algo mais sério. O presidente dos Estados Unidos não consegue definir uma linha clara em relação à potência asiática, alternando entre ameaças e acordos inesperados.
Na semana passada, Trump fechou um negócio inédito com a Nvidia, empresa líder no mercado de microprocessadores. Em troca de 15% dos lucros obtidos na China, a companhia poderá exportar chips H20 para o país. Isso marca uma mudança de postura, já que as exportações desse tipo de tecnologia haviam sido proibidas desde abril.
Enquanto isso, Trump também adiou novamente as negociações comerciais com a China, prorrogando o prazo por 90 dias. Essa decisão parece mais uma manobra para evitar um conflito duradouro e garantir uma possível reunião com Xi Jinping.
Para os aliados americanos, especialmente na Europa e na Ásia, a incerteza é perigosa. Com a China usando o monopólio de terras raras como arma, Trump parece estar jogando no quintal de casa. Em vez de pressionar o adversário, sua estratégia confusa só beneficia Pequim, que ganha tempo para consolidar posição.
Trump sempre soube transformar as coisas a seu favor, mas dessa vez, talvez ele tenha se saído melhor do que imaginávamos...