Uber mira o futuro: será Kleenex dos robocarros?

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Em um evento de 2015, Travis Kalanick, então CEO da Uber, refletia em voz alta sobre o futuro da empresa diante da ascensão dos carros autônomos. Para ele, a resposta era clara: se tornar parte desse futuro tecnológico ou resistir à mudança, como fez a indústria de táxis antes dela. Dez anos depois, Kalanick não está mais no comando, mas a Uber segue com seu plano audacioso: ser o Kleenex dos serviços de transporte, um nome sinônimo de uma categoria inteira.


A estratégia da empresa é bem definida: jogar spaghetti sobre os carros autônomos para ver o que cola. Enquanto desenvolvedores e fabricantes de veículos se dedicam a perfinar a tecnologia, a Uber está lá, pronta para ser o intermediário entre passageiros e robocarros. "Nós não nos importamos quem sairá vencedor no final", afirma Sam Abuelsamid, especialista em veículos autônomos. "Se você tem um carro que funciona, é bem-vindo na Uber."


Apesar do otimismo, desafios persistem. Acidentes envolvendo carros autônomos, como o fatal incidente de 2018, e a saída da unidade de veículos autônomos em 2020, indicam que o caminho não é totalmente sem obstáculos. Enquanto isso, empresas como Tesla, Waymo e Baidu estão investindo pesado em tecnologias próprias para competir com a Uber na corrida pelo mercado.


Enquanto isso, a gigante do transporte mantém seu modelo de negócio leve: sem precisar de carros físicos (ou robôs), focando apenas em conectar motoristas e passageiros por meio de um aplicativo. "Nós acreditamos que é uma oportunidade enorme no longo prazo", disse Dara Khosrowshahi, CEO da Uber.

Juliana Rocha

Juliana Rocha

É impressionante como a Uber, após anos de especulações sobre seu futuro, parece ter encontrado o equilíbrio entre ser um intermediário e navegar na complexa jornada dos veículos autônomos. Será que a empresa conseguirá manter sua hegemonia no mercado ou será ultrapassada por quem realmente investe em tecnologia? Ainda é cedo para dizer, mas certamente será interessante acompanhar.

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