Passar um dia no trânsito brasileiro já é desafio, e agora o bolso também está sentindo mais peso. De acordo com os últimos dados do IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, os serviços de transporte por aplicativo como Uber e 99 registraram um aumento de preços impressionante: nada menos que 44,49% em 12 meses. Isso é quase o dobro do café moído, que teve alta de 77,88% no mesmo período.
O que está por trás desse fenômeno? Tarifas dinâmicas, que variam com a procura, e a movimentação maior durante feriados e eventos são fatores citados pelo IBGE. Em junho, o transporte por aplicativo registrou a maior inflação mensal desde dezembro do ano passado, com altas chegando a 17,03% em Porto Alegre e 16,29% em São Paulo.
Mais motoristas no mercado de trabalho podem ter contribuído para essa situação. Enquanto as empresas buscam equilibrar os interesses dos motoristas com a demanda dos usuários, o próprio aumento da oferta de empregos pode reduzir a disponibilidade de condutores, refletindo diretamente nos preços.
Para completar, custos como aluguel de veículos, etanol e gasolina também subiram significativamente. Enquanto isso, o táxi, que concorre com os aplicativos, teve uma inflação mais moderada de 4,22%.
É um quadro complexo, onde a procura define o preço, e o bolso do brasileiro está sentindo o impacto. Será que podemos esperar estabilização no futuro? Ou será que os preços continuarão subindo?