Enquanto a UEFA estabelecia um novo padrão no futebol feminino, a Conmebol seguia com um tratamento desanimador para as jogadoras sul-americanas. O contraste entre a estrutura, o investimento e a receita dos dois torneios é assombroso.
Infraestrutura
Na UEFA Women’s EURO 2025, foram utilizados oito estádios, quebrando recordes de público e tecnologia. Enquanto isso, na Copa América Feminina, apenas três estádios foram disponibilizados, com partidas disputadas em salas pequenas e cheirando a tinta. Até jogadoras da seleção brasileira, como Kerolin, relataram o descontentamento: "É surreal a diferença de estrutura, audiência, investimento".
Investimentos
A diferença financeira é ainda mais chocante. A UEFA destinou 41 milhões de euros para o torneio, com prêmios recorde que ultrapassam os 156% da edição anterior. Na Conmebol, a premiação para a equipe campeã foi apenas US$ 1,5 milhões, em comparação aos 1,8 milhões de euros recebidos por cada seleção europeia só por participar.
Público
Na Eurocopa, 29 dos 31 jogos tiveram ingressos esgotados, com recorde de 623.088 espectadores na final. Na Copa América, o maior público foi de apenas 25 mil pessoas na final Brasil x Colômbia. Enquanto isso, as demais partidas reuniam menos de 1.000 torcedores.
Críticas e Desafios
Muitas jogadoras e treinadores sul-americanos criticaram a falta de investimento e estrutura na Copa América. Marta, Ary Borges e Arthur Elias foram claros em suas reclamações: "O que a Conmebol está fazendo é ridículo".
Conclusão
Awhile a UEFA investe pesado no desenvolvimento do futebol feminino, lançando projetos como o 'Unstoppable' e dobrando os incentivos financeiros, a Conmebol parece apenas cumprir tabela. Enquanto o continente europeu conquista recordes e amplia a popularidade da modalidade, a América Latina ainda luta para sair do patamar de 'põe-talvez'.
Palavras-chave: futebol feminino, investimento no esporte, UEFA vs Conmebol, Copa América, UEFA Women’s EURO 2025.