Em dezembro de 2010, um estudo revolucionário liderado por uma pesquisadora da NASA afirmou ter encontrado uma bactéria alienígena em um lago salgado e alcalino na Califórnia. A descoberta foi impressionante: a criatura poderia viver usando arsênico em lugar de fósforo, elementos essenciais para a vida na Terra. Até mesmo o DNA da bactéria, chamada GFAJ-1, incorporava arsênico em sua estrutura.
A notícia foi recebida com hype monumental. A NASA destacou que os achados 'requisitavam a reescrita de livros de biologia' e 'afetariam a busca por evidências de vida extraterrestre'. Felisa Wolfe-Simon, autora principal do estudo, declarou: 'Abrimos uma porta para o que é possível em termos de vida fora da Terra, e isso é profundo.'
Entretanto, a empolgação foi rapidamente substituída por ceticismo. Cientistas externos identificaram problemas graves no estudo. Experimentos cruciais não haviam sido realizados, e a hipótese de que o arsênico取代fosforo na DNA parecia insustentável. Um estudo posterior mostrou que o DNA continha 26 vezes mais fósforo do que arsênico.
Após anos de controvérsias, em junho de 2025, a revista Science anunciou que está retirando o estudo. Alguns críticos celebraram a decisão, mas outros questionaram o timing, especialmente considerando que Wolfe-Simon volta à ciência após ser vista como uma 'excluída'. Enquanto isso, os autores do estudo continuam defendendo suas conclusões.
Essa história é um lembrete de que a ciência, apesar de sua busca pela verdade, não é imune a erros e interpretações. Como disse Rosemary Redfield, microbiologista: 'Devemos evitar ter que fazer o trabalho intelectual por eles.'