Anquiloglossia: Entenda o problema que afeta até 11% dos bebês e como lidar com ele

Imagem principal da notícia: Anquiloglossia: Entenda o problema que afeta até 11% dos bebês e como lidar com ele

A Semana Mundial da Amamentação, celebrada de 1º a 7 de agosto, parte do Agosto Dourado, destaca a importância do aleitamento materno. No entanto, um problema que pode complicar essa jornada é a anquiloglossia, ou 'língua presa', afeta até 11% dos recém-nascidos.

De acordo com a pediatra Renata Castro, especialista em neonatologia, a anquiloglossia ocorre quando o frênulo lingual está mais curto ou tensionado, dificultando movimentos da língua e prejudicando a amamentação. 'Isso pode causar dor para as mães e até comprometer a transferência de leite', alerta.

Apesar do aumento no diagnóstico e tratamento, nem todo frênulo visível é um problema. 'Nem toda dificuldade na amamentação está relacionada com a língua presa', explica Renata. O diagnóstico deve ser feito com base em critérios clínicos e funcionais, observando o comportamento da criança e as queixas das mães.

Quando necessário, tratamentos como a frenotomia são indicados, mas a literatura científica ainda estuda os benefícios diretos para o bebê. A principal preocupação hoje é a sobrediagnóstico e intervenções desnecessárias, muitas vezes impulsionadas por redes sociais e condutas não baseadas em evidências.

Renata Castro reforça que a avaliação deve ser feita por uma equipe multidisciplinar. 'Cada bebê é único. Nem todo frênulo curto precisa de corte, mas todo bebê com dificuldade merece uma escuta atenta e avaliação responsável', finaliza.

Fernanda Almeida

Fernanda Almeida

Enquanto as mães buscam soluções para desafios na amamentação, é essencial questionar se estamos tão ansiosos em cortar fio quanto em ouvir a necessidade real. Afinal, o que é pior: um frênulo curto ou uma mãe sem sono?

Ver mais postagens do autor →
← Post anterior Próximo post →