Em meio a um mar de números e promessas, o Brasil se ergue como uma figura peculiar no cenário global de cibersegurança. Com investimentos projetados para ultrapassar os R$ 104,6 bilhões entre 2025 e 2028 — um salto impressionante de quase 44% —, o país ocupa posição destacada no ranking mundial, mas não sem suas contradições.
Um paradoxo digital
Enquanto ostenta a posição de 12º maior mercado de segurança cibernética global e celebra avanços como o Pix e o Open Banking, o Brasil também se coloca entre os mais expostos a ataques. É um país que adota tecnologias com rapidez, mas parece vacilar na hora de consolidá-las, transformando-se num alvo cada vez mais tentador para cibercriminosos.
Os investimentos previstos são fartos, e a previsão de capacitação de 30 mil profissionais por meio do programa Hackers do Bem é animadora. No entanto, a realidade é que a segurança digital ainda não é prioridade absoluta para as empresas brasileiras.
O dilema das empresas
Ainda que a segurança da TI figure como segunda maior prioridade para as empresas em 2025, ocupa apenas a quarta posição nas intenções de investimento em tecnologias digitais. Essa discrepância sugere um problema fundamental: a falta de maturidade na adoção estratégica de medidas de segurança.
Phishing: A ameaça que persiste
Mesmo com tantos avanços, o phishing continua sendo o método mais frequente de ataque no Brasil. Essa forma de engenharia social, que explora a ingenuidade humana para invadir sistemas, é um lembrete constante da necessidade de vigilância.
Reflexão: Oportunidade ou Ameaça?
Diante desse quadro, surge uma pergunta perturbadora: estamos realmente aproveitando todo o potencial do investimento em cibersegurança? Ou estamos simplesmente jogando dinheiro em fogo?