Em uma jogada que prometia ser espetacular, Bruno Henrique, o atacante do Flamengo, virou réu acusado de manipulação de resultado esportivo. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra ele e seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior, acusados de conspirar para influenciar o resultado de uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023.
A trama teve como centro um cartão amarelo. Segundo os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Bruno foi incentivado pelo irmão a cometer uma falta propositalmente, garantindo assim que fosse punido com o cartão amarelo. O objetivo era beneficiar apostadores que haviam colocado dinheiro em cima desse cenário.
Os investigadores descobriram que as contas responsáveis pelas apostas eram recém-criadas, e quase 95% das apostas foram direcionadas especificamente para o recebimento do cartão amarelo por Bruno. Um esquema bem planejado que misturou esporte, trapaça e dinheiro negro.
Bruno Henrique, que já conquistou títulos como a Libertadores com o Flamengo, agora terá que enfrentar acusações de estelionato e fraude em competições esportivas. A pena pode variar entre dois e seis anos de prisão, além de multa.
Enquanto isso, a defesa do jogador argumenta que as acusações são infundadas e "aproveitadoras", coincidindo com a divulgação da lista de jogadores inscritos para o Super Mundial de Clubes da FIFA. No entanto, a Justiça já decidiu: Bruno Henrique é réu.
Essa história não apenas revela um caso de corrupção no esporte, mas também lança luz sobre como as apostas e os interesses econômicos podem contaminar o universo do futebol. Um lembrete de que, mesmo na mais pura das artes, a ganância pode jogar em campo.