Em um momento em que o tarifaço americano ameaça several setores brasileiros, o café surge como uma das exceções. De acordo com José Messias, gestor de Trade Marketing do Grupo Três Corações, maior empresa do segmento no Brasil, o impacto negativo sobre as exportações de café para os Estados Unidos pode ser menor do que se imagina.
Por quê?
Primeiro, os preços globais do café estão em queda. Isso é resultado da melhor safra deste ano no Brasil e em outros países produtores. No Brasil, um pacote de 500 gramas de café moído, que custava R$17,00 no início de 2024, chegou a R$40,00 durante a crise da oferta no ano passado. Agora, os preços estão recuando, mas não devem voltar aos níveis anteriores. Atualmente, eles rondam os R$30,00.
Além disso, o consumo de café é considerado "inelástico". Isso significa que,即使prices go up, as pessoas reduzem menos seu consumo. Essa característica econômica ajuda a minimizar o impacto do tarifaço nos Estados Unidos.
Outro fator favorável é o aumento das exportações para a China. Enquanto Donald Trump anunciava o início do tarifaço, o governo chinês autorizou 183 empresas brasileiras a exportarem café para o país. A China tem um grande potencial de mercado, com uma média de 16 xícaras de café por ano per capita, bem abaixo da média mundial de 240 xícaras.
Enfim, o setor de café brasileiro parece estar navegando entre as tempestades econômicas com maior tranquilidade, graças à combinação de melhores safras e características de consumo favoráveis. Um exemplo disso é a Três Corações, que registrou vendas 25% maiores em São Paulo no primeiro semestre de 2025.
