Em um movimento que mistura pressão política e questões de regulação federal, a Califórnia recuou de seu projeto de lei que pretendia obrigar as empresas de internet a oferecer planos acessíveis de $15 por mês para pessoas de baixa renda. A proposta, apresentada pela deputada Tasha Boerner, enfrentou resistência tanto das operadoras de internet quanto do governo federal, que ameaçou retirar fundos federais significativos do estado.
Boerner, presidente da Comissão de Comunicações e Transportes, inicialmente havia proposto um plano mais ambicioso, com velocidades de upload e download maiores. No entanto, diante das pressões e da ameaça de perder $1,86 bilhão do programa BEAD (Broadband Equity, Access, and Deployment), ela teve que recuar. O governo federal argumentou que estados não podem fixar preços para serviços de internet acessíveis, já que isso está fora da jurisdição estadual.
A situação expõe um dilema maior: a tensão entre a necessidade de garantir acesso equitativo à internet e as pressões econômicas e políticas. Enquanto operadoras como AT&T, Comcast e Cox se beneficiam das atuais regulamentações, advocacy groups defendem que a internet acessível é um serviço básico em uma sociedade moderna.
Em meio a essa discussão, a Califórnia agora vê seu projeto de lei enterrado pelo menos por este ano, com possíveis consequências para milhões de famílias de baixa renda que dependem de conexões rápidas e acessíveis. A deputada Boerner admitiu que o caminho para resolver这个问题 não é fácil, mas insistiu que a internet acessível deve ser uma prioridade nacional.