Canadá e Malta reconhecem Palestina: Uma jogada geopolítica no Conselho da ONU

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Em meio a um cenário internacional marcado por tensões, o Canadá e Malta anunciaram recentemente que reconhecerão o estado da Palestina durante a Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro. Essa decisão vem reforçar a pressão sobre Israel para encerrar um conflito que dura há quase 80 anos.


Contextualizando: O Primeiro-Ministro do Canadá, Mark Carney, fez o anúncio após uma reunião do Conselho de Ministros. Já Christopher Cutajar, secretário permanente da Ministério das Relações Exteriores de Malta, já havia declarado apoio à Palestina na Assembleia Geral das Nações Unidas, destacando a necessidade de transformar o conceito de uma solução de dois estados em algo prático.


Carney afirmou que o reconhecimento canadense será feito durante a Assembleia Geral, que começa no dia 23 de setembro. Ele ressaltou que essa decisão está condicionada à Palestina realizando eleições gerais em 2026, sem participação do Hamas, e desmilitarizando o futuro estado palestino.


Israel, por sua vez, reage com veemência. Seu embaixador na ONU, Danny Danon, criticou duramente os 125 países que participam da conferência e anunciaram reconhecimentos da Palestina. Ele acusou esses países de hipocrisia, afirmando que enquanto israelenses estão sequestrados nos túneis terroristas do Hamas em Gaza, outros optam por emitir declarações vazias.


Em contraposição, Cutajar argumentou que o reconhecimento não é apenas simbólico, mas um passo concreto rumo à paz justa e duradoura. Representantes da ONU pediram a Israel que se comprometa com um estado palestino e deram apoio incondicional à solução de dois estados.


O documento "Declaração de Nova York" propõe um plano em fases para encerrar o conflito israelo-palestiniano, culminando com a Palestina vivendo ao lado de Israel de maneira pacífica e integrada à região do Oriente Médio.


No entanto, países como Austrália, Finlândia e Luxemburgo ainda não reconhecem a Palestina. O documento final foi enviado a todos os 193 membros da ONU, com prazo para adesão até setembro.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

Enquanto o mundo assiste a mais uma rodada de declarações vazias e manobras geopolíticas, é difícil não se perguntar se algum dia veremos uma solução real para um dos conflitos mais antigos da humanidade. O reconhecimento da Palestina por Canadá e Malta pode parecer um passo em frente, mas sem a participação de Israel, tudo não passa de teatro.

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