As vacinas são verdadeiras heroínas da saúde moderna, salvando milhões de vidas ao longo dos anos. No entanto, muitas pessoas ainda nutrem dúvidas sobre sua segurança e eficácia. Pensando nisso, vamos mergulhar no complexo mundo do desenvolvimento e testagem das vacinas.
Do laboratório à aprovação
O processo de criação de uma vacina não é nada fácil. Tudo começa em um laboratório, onde pesquisadores buscam compreender a melhor forma de estimular o sistema imunológico contra uma doença específica.
Primeiro, identificam-se os antígenos - partes do microrganismo que irão induzir uma resposta imunológica segura. No caso da Covid-19, por exemplo, a proteína spike do coronavírus foi escolhida como alvo.
Após definir a composição da vacina, os cientistas passam para os testes laboratoriais e pré-clínicos. Estes são realizados em animais como ratos ou macacos para verificar se a formulação é segura e induz uma resposta imune adequada.
Somente após resultados promissores, os estudos clínicos em humanos começam. No Brasil, esses testes precisam ser aprovados pela Anvisa.
Os estudos clínicos são divididos em três fases:
- Fase 1: foco na segurança com um grupo pequeno de voluntários;
- Fase 2: avalia a eficácia e segurança com um número maior de participantes;
- Fase 3: envolve milhares de voluntários para avaliar a produção em larga escala.
Após essas fases, toda a documentação é submetida à Anvisa. A agência verifica se os testes foram éticos e se os dados demonstram segurança e eficácia suficiente.
A fase pós-aprovação, conhecida como farmacovigilância, monitora possíveis reações adversas raras que podem não ter sido detectadas nos estudos clínicos.