Em meio à polêmica envolvendo o Corinthians, Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do clube, fez uma declaração impactante. Durante uma coletiva nesta sexta-feira (1/08), ele afirmou que o Corinthians vai parar caso o presidente afastado, Augusto Melo, volte ao cargo após a assembleia dos sócios marcada para o dia 9 de agosto.
Tuma Jr. foi mais além, ameaçando: "Você sabe o que vai acontecer se ele voltar? O Corinthians vai parar. Nós temos seis processos de impeachment para votar ainda: afasta, volta; afasta, volta; afasta, volta". A declaração foi interpretada como uma tentativa de pressão sobre os sócios que irão decidir o destino de Melo.
Augusto Melo foi eleito em 2023 para um mandato até 2026, mas já enfrenta denúncias graves. Em julho deste ano, virou réu após acusações do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) relacionadas a supostas irregularidades no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas Vai de Bet. Mesmo assim, ele foi afastado da presidência em maio por decisão do Conselho Deliberativo, liderado justamente por Tuma Jr.
Enquanto isso, os advogados de Melo insistem que as acusações são falsas e que o inquérito contém nulidades. Eles argumentam que o acesso a dados do Coaf foi feito sem autorização judicial e que o caso deveria ser investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.
Essa situação reflete não apenas os problemas internos do Corinthians, mas também o estado de fragilidade institucional que permeia muitas organizações brasileiras. A luta pelo poder, aliada a interesses pessoais e a uma Justiça que ainda tenta firmar seu lugar, cria um cenário em que ameaças e pressões se tornam ferramentas para manter o status quo.