Em um mundo onde a ciência caminha constantemente para descobertas revolucionárias, a história da fissão nuclear é um marco que transcende o simples avanço tecnológico. Frank Close, físico renomado, narra em seu livro 'Destroyer of Worlds: The Deep History of the Nuclear Age' como a compreensão do átomo mudou o curso da humanidade.
A jornada começa nos finais do século XIX, com Wilhelm Röntgen descobrindo os raios X, que não eram bloqueados por materiais sólidos. Em seguida, Henri Becquerel explorou a fluorescência de minerais como o urânio, descobrindo que eles podiam emitir imagens claras em platos fotográficos no escuro.
Mais adiante, Ernest Rutherford mediu a energia liberada pelo urânio, dando início à compreensão da radioatividade. A lista de cientistas que contribuíram para esse descobrimento inclui nomes como Marie e Pierre Curie, Otto Hahn e Lise Meitner. Eles não apenas desvendaram a natureza dos átomos, mas também abriram caminho para algo que mudaria a história: as armas nucleares.
A descoberta da fissão nuclear, em 1938, foi um ponto de virada. Bohr e Wheeler publicaram os fundamentos físicos desse processo na véspera da Segunda Guerra Mundial. Enquanto a ciência avançava, a geopolítica se transformava: a Alemanha nazista trabalhava em seu próprio programa nuclear, enquanto os Estados Unidos,através do Projeto Manhattan, reuniam os melhores cientistas do mundo para desenvolver a bomba atômica.
Esses cientistas não eram apenas figuras abstratas; eles enfrentaram dilemas morais e políticos. Muitos, como Leo Szilard e Edward Teller, compreendiam que suas descobertas podiam levar à destruição em massa. No entanto, a ameaça do nazismo os levou a acelerar o desenvolvimento de armas que, posteriormente, tornaram-se símbolo da Era Atômica.
Hoje, a história da fissão nuclear serve como um lembrete das consequências de nossas descobertas científicas. Enquanto a ciência continua a avançar, é essencial refletirmos sobre o impacto que nossas ações terão no mundo e na humanidade.