Descoberta: A maior concentração de tartarugas-da-Amazônia é no Rio Guaporé

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A Amazônia, maior bioma brasileiro, está diretamente envolvida no processo de reprodução das tartarugas-da-Amazônia. Um estudo liderado pela Universidade da Flórida, Estados Unidos, em parceria com pesquisadores do Brasil e da Bolívia, identificou a maior concentração já registrada de desova de tartarugas-da-amazônia (Podocnemis expansa) no Rio Guaporé.

Foram encontrados mais de 41 mil animais nessa região, que fica na fronteira entre o Brasil e a Bolívia. A espécie é considerada ameaçada de extinção, tornando sua conservação uma prioridade urgente. O estudo foi publicado na revista científica Journal of Applied Ecology.

Geralmente encontradas no Brasil, Colômbia e Bolívia, essas tartarugas preferem águas doces e são conhecidas por serem dóceis. Elas podem medir até 89 cm e pesar 59 kg, com uma dieta baseada em frutas, sementes, folhas, peixes, caranguejos e camarões.

Em 2024, a equipe de pesquisa começou a utilizar drones para contar a quantidade de tartarugas na Flórida e identificar quantas fêmeas se deslocavam para desovar. Para melhorar a precisão, os cientistas marcaram os cascos de 1.187 tartarugas com tinta branca não tóxica. Durante 12 dias, um drone sobrevoou o Rio Guaporé, tirando 1,5 mil fotos a cada volta.

Usando software, os pesquisadores analisaram as imagens e desenvolveram modelos de probabilidade para avaliar o comportamento das tartarugas. Inicialmente, estimaram 79 mil tartarugas, mas após ajustes, a contagem foi reduzida para 16 mil. Porém, com métodos estatísticos, chegaram a uma estimativa precisa de cerca de 41 mil tartarugas.

Agora, os cientistas pretendem expandir os estudos para outros países da América do Sul, como Colômbia, Peru e Venezuela, além de melhorar ainda mais os métodos de monitoramento com drones.

Ana Paula Costa

Ana Paula Costa

Que descoberta incrível! A Amazônia é realmente um tesouro em termos de biodiversidade. É fascinante ver como a ciência consegue desvendar segredos tão antigos e importantes para a conservação. Só falta torcer para que essas tartarugas continuem nadando firmes rumo ao futuro!

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