Em meio a um clima de incertezas e cortes no orçamento, o diretor do maior centro de pesquisa da NASA, Makenzie Lystrup, anunciou sua saída. A partida coincide com um momento crítico para a agência espacial, que enfrenta uma redução de 25% no budget proposta pelo governo Trump. Lystrup, que ocupava o cargo desde abril de 2023, deixará seu posto na semana seguinte.
Goddard Space Flight Center, localizado em Greenbelt, Maryland, é não apenas o maior centro de pesquisa da NASA, mas também responsável por um orçamento de quase US$ 4,7 bilhões. Isso coloca a instalação em paridade com os centros de astronautica humana na Texas, Flórida e Alabama. A saída de Lystrup ocorre horas após o lançamento de uma carta aberta dirigida ao administrador interino da NASA, Sean Duffy, criticando as políticas recentes do governo que ameaçam a missão da agência.
A carta, intitulada "A Declaração da Voyager", é assinada por centenas de funcionários atuais e antigos da NASA. Ela denuncia o que consideram "mudanças rápidas e desordenadas" que comprometem a segurança humana, prejudicam a pesquisa científica e desperdiçam recursos públicos. Os signatários pedem que os cortes propostos sejam revogados, argumentando que estão em desacordo com o interesse público.
Enquanto isso, o Congresso trabalha na restauração do orçamento da NASA para o próximo ano fiscal, tentando compensar os深度 cuts propostos pelo governo. No entanto, há preocupações de que a administração possa recorrer a técnicas como "retenção de fundos" para impor as reduções sem o consentimento legislativo.
Lystrup, que ingressou na NASA após anos de pesquisa em astrofísica e trabalho na Ball Aerospace, será substituída por Cynthia Simmons, uma funcionária experiente do centro. A saída da diretora coincide com um momento delicado para a agência, onde a ciência e a política se chocam em nome de um orçamento mais reduzido.