A notícia sobre a adoção de uma ferramenta de IA por DOGE para eliminar 50% das regulamentações federais é, no mínimo, intrigante. Imagine um cenário onde a burocracia estatal seja reduzida drasticamente, sem que se perca a essência do propósito das leis. Essa tentativa de simplificação administrativa, embora ambiciosa, traz questionamentos sobre o equilíbrio entre inovação e segurança.
Segundo relatório do The Washington Post, a ferramenta AI Deregulation Decision Tool identificou 100.000 regulamentações que poderiam ser revogadas de um total de mais de 200.000. O prazo final para as agências federais apresentarem suas listas de desregulamentação é setembro deste ano.
A ideia por trás dessa iniciativa é identificar regulamentos que já não são requeridos pela legislação atual. No entanto, a adoção do AI Tool não está sem críticas. Funcionários do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano relataram que o sistema cometeu erros na interpretação da lei em algumas ocasiões.
Atualmente, DOGE já testou a ferramenta na CFPB (Consumer Financial Protection Bureau) e no HUD (Department of Housing and Urban Development), onde ela foi usada para 100% das desregulamentações. Com o treinamento de outras agências previsto para este mês, o futuro desse projeto é promissor, mas também questionável.
Enquanto isso, a discussão sobre o papel da IA na administração pública ganha cada vez mais força. Será que estamos no caminho certo? Ou estaremos descartando proteções essenciais em nome de uma simplificação excessiva?