Reforma Constitucional em El Salvador: Bukele fortalece seu poder

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Em meio a polêmica e debates acalorados, El Salvador aprueba mudanças constitucionais que permitem reeleição presidencial indefinida e estendem o mandato para seis anos. A proposta foi apresentada pela deputada Ana Figueroa, do partido Nova Ideia, e aprovada com grande maioria no Legislativo.


Passo a passo, a nova reforma elimina a segunda volta eleitoral e redefine o calendário electoral, permitindo que Bukele concorra a um mandato mais longo dois anos antes do previsto. A medida vem sendo articulada desde 2021, quando a Câmara Suprema de Justiça foi desmantelada, reduzindo os freios ao presidente.


Apoiadores argumentam que a reeleição indefinida já está permitida para outros cargos, mas críticos como Marcela Villatoro, do ARENA, alertam que isso fragiliza a democracia e fomenta o clientelismo. "A democracia em El Salvador morreu!" declarou ela.


Em um país onde a luta contra as gangues ganhou notoriedade internacional, Bukele mantém alta popularidade, mesmo diante de acusações de repressão e abusos. Seu governo tem enfrentado críticas internacionais por detenções massivas e a perseguição de advogados críticos.


Enquanto isso, os observadores da região seguem atentos: o exemplo de Bukele inspira outros líderes a replicar seu modelo autoritário. No Brasil, esse tipo de centralização de poder é um alerta histórico, lembrando períodos em que a democracia teve que ser defendida com unhas e dentes.

Bruno Lima

Bruno Lima

Enquanto Bukele se autointitula "o ditador mais cool do mundo", o povo de El Salvador caminha na corda bamba entre segurança e liberdade. No Brasil, esse tipo de movimento lembra aqueles que tentaram consolidar o poder a qualquer custo – resultado, quase sempre, em lições aprendidas dolorosas.

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