Após meses de incerteza e esperanças infundadas, a decisão foi tomada: os Estados Unidos deixarão a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em dezembro de 2026.
Segundo o Departamento de Estado americano, 'um compromisso contínuo dentro da UNESCO não está no interesse nacional dos Estados Unidos.' A justificativa oficial é que a organização promove causas sociais e culturais que geram divisões e concede demasiada importância aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Para os EUA, esses objetivos são considerados 'mundialistas' e 'ideológicos', contrariando a política externa norte-americana que preza por 'America First.'
Esta saída não será sem consequências financeiras. Os Estados Unidos, um dos maiores contribuidores da UNESCO, investiam anualmente US$ 75 milhões na organização, equivalendo a aproximadamente 8% do seu orçamento total de US$ 900 milhões. Antecipando o recesso americano, a UNESCO já havia demonstrado prudência nos últimos meses, economizando a contribuição dos EUA deste ano e reduzindo programas para evitar um calote.
Atualmente, não há previsão de demissões entre os cerca de 1.000 funcionários que trabalham na organização.
Estados Unidos deixam a UNESCO: o adeus de um gigante?


Enquanto os Estados Unidos se desligam da UNESCO, é interessante observar como a política externa canibaliza a própria capacidade de promover valores universais. A saída dos EUA pode ter consequências significativas, mas talvez seja apenas mais uma peça no jogo geopolítico onde o egoísmo nacionalismo有时 é disfarçado de 'missão para o mundo'.
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