Ex-policial condenado por matar ex-companheira e filha é preso após 20 anos

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Curitiba, PR - Em uma reviravolta que mistura Justiça com doses generosas de drama, o ex-policial Edson do Prado finalmente viu as portas da prisão se fecharem, mais de duas décadas após um crime que chocou a Região Metropolitana de Curitiba. Acusado de matar a ex-companheira e sua própria filha, o homem que jurou proteger vidas agora terá que responder por ceifar duas.

Edson, que já foi policia, sempre esteve no centro de uma trama negra que envolveu mortes, segredos e anos de impunidade. Em 2005, ele assassinou Maria Emília Cacciatore Florêncio, sua ex-parceira, durante um encontro para discutir a pensão alimentícia da filha Vivian. A menina, que tinha apenas três anos na época, desapareceu misteriosamente logo após o crime.

Passaram-se 20 anos. O tempo que, em teoria, deveria apagar os vestígios de um criminoso, mas no final das contas, só fez acumular mais perguntas. Até recentemente, ninguém sequer havia denunciado o sumiço da criança. Até que a Polícia Civil do Paraná (PCPR) resolveu reabrir o inquérito e, após um trabalho minucioso de reavaliação técnica e cruzamento de dados, descobriu a terrível verdade: Vivian também foi assassinada por Edson.

Hoje, o ex-policial está preso. Sua condenação veio acompanhada de acusações sérias: homicídio qualificado por motivo torpe, uso de crueldade e vítima menor de 14 anos. Crimes que não apenas abalam a sociedade, mas também lembram que Justiça, embora demorada, pode ser feita.

A delegada Patrícia Nobre Paz, responsável pela investigação, destacou a importância do avanço no caso para as vítimas e suas famílias. "Para a família, representam mais do que etapas processuais. São passos fundamentais na busca por dignidade, memória e reparação", disse ela.

Enquanto isso, a defesa de Edson, coordenada pelo advogado Matheus Gabriel, aguarda a tramitação dos processos. Em um jogo de espelhos que é a Justiça brasileira, o réu tem direito ao silêncio - e nós, espectadores, temos que lidar com a certeza de que, às vezes, a Justiça demora, mas chega.

Maria Oliveira

Maria Oliveira

É triste constatar que vidas inocentes foram perdidas e anos se passaram para que a Justiça finalmente fosse feita. Que pelo menos agora, as famílias possam encontrar algum conforto nessa decisão.

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