Em um contexto cada vez mais tensionado na Cisjordânia, os ataques israelenses contra acampamentos de refugiados palestinos se intensificaram significativamente desde outubro de 2023. Inicialmente concentrando-se em membros de brigadas armadas instaladas nestes locais, a estratégia do Exército israelense sofreu ajustes no início de 2025, passando a priorizar a expulsão dos habitantes para assumir o controle total da área.
Objetivo? De acordo com os moradores, é claro: apagar todas as pistas do acampamento e, consequentemente, extinguir a ideia mesma de refugiados. Em um terceiro episódio da série 'Nos yeux, nos oreilles', Thomas Devenyi e Hugo Serraz tiveram acesso独家 entrevistas com palestinos expulsos de suas casas, retratando o trauma coletivo dessa população.
Essa ação insidiosa não é nova na região. Em um contexto marcado pela disputa entre colonização e resistência, os ataques israelenses buscam desumanizar ainda mais os palestinos, negando-lhes não só o território como também a memória coletiva. Um exemplo disso foi o impacto do 7 de Outubro em Israel, que ecoa nas terras próximas a Gaza.
"A guerra não é apenas territorial; é uma guerra pela memória e pelo direito à existência", resume um dos entrevistados na série. Enquanto isso, o mundo assiste, muitas vezes silencioso, à destruição sistemática de vidas e histórias.
